Resenha: Conquista, por Ally Condie


Quando coisas assim acontecem - quando o que deveria ajudar resulta em dano, quando um balsámo traz dor ao invés da cura -, fica claro quão erradas podem se tornar até as escolhas que pretendem ser certas.

Quando comprei Destino, primeiro livro da trilogia, confesso que foi pela capa. A arte me fascinou e admito que não resisti ao mistério que ela sugeria. A promessa de Destino é lenta e gradativa. A autora nos apresenta à um mundo totalmente diverso do que vivemos, uma realidade distópica e futurista onde tudo o que fazemos e pensamos é controlado pela Sociedade. Travessia é a continuidade dessa promessa. No segundo livro, o enredo é lento, desgastante e até mesmo um pouco massante. É como se fosse um livro introdutório que apenas prepara o leitor para o que está por vir.

Conquista é o boom.
Conquista é o desfecho de tudo.

Há quem não goste desses livros e devo admitir que em certos momentos, a leitura é muito difícil. Porém, eu me apaixonei pela forma de escrever de Ally Condie. Não é apenas um texto, ela não apenas conta uma história e desvenda mistérios.

Ela faz poesia.

A forma de escrever da autora é poética. Por vezes ela faz menções à poetas renomados e, aos poucos, ela mesma vai transformando seu texto em prosa. A leitura é diferente do que você está acostumado a ler e foi isso que me pegou. Foi por causa da narrativa que insisti e passei pelas fases difíceis do livro, até o fim.

Ally Condie construiu um mundo novo nas páginas de seus livros. Ela criou personagens, culturas e tecnologia. Ela criou uma trama intrincada que pode surpreendê-lo ou não. Da mesma forma que Ally Condie esbanjou criatividade em criar o ambiente de sua história e de suas personagens, ela finalizou a trilogia. Eu não me decepcionei com o livro, embora confesso que tenha esperado mais de algumas situações e momentos do livro. No fim das contas, um livro que eu esperava ser ótimo se tornou satisfatório, um tanto previsível, apesar dos apesares.

Conquista é o terceito livro da trilogia Destino, escrita por Ally Condie.


Não sei o que acontece quando morremos. Não me parece que haja muito mais além disso. Mas acho que posso conceber que o que fazemos e somos pode durar além de nós.

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