Depois de Anastácia, dei um tempo em relação a escrita. Na verdade, não foi intencional. Eu não conseguia começar uma história e dar prosseguimento nela. As ideias vinham, eu as colocava no papel e então puff, elas sumiam. Foi então que decidi começar a pesquisa mais profunda sobre a Inquisição, a época em que a Igreja Católica queimou bruxas e hereges, além de ter praticamente dizimado todos os povos que não fossem cristãos, como os cátaros.

Na verdade, tudo começou com uma aula de História do Direito. A aula foi mais introdutória, sobre o período e sobre a atuação do Direito naquela época. Depois, eu fiquei pensando que aquele seria o ambiente perfeito para um estória ser ambientada e desenvolvida. Só que como eu estava ainda envolvida com Anastácia e cheia de coisas da faculdade para fazer, apenas iniciei a pesquisa mais light, lendo um pouco e escrevendo alguma coisa aqui e ali (você pode ler um conto, aqui, bjs).

Só que, depois de fazer a pesquisa e ler tanto sobre a Inquisição, sobre Templários, sobre cátaros, sobre as torturas naquela época e sobre as intenções da Igreja com toda aquela manifestação, foi outro puff na minha escrita. A história fluiu e de repente, eu já tinha um roteiro, o esqueleto da história e os personagens que iriam protagonizá-la, embora eu ainda não tenha o título do livro.

A história se passa na Espanha (mais precisamente no Reino de Castela, o qual passou a fazer parte da Espanha só depois de muitos anos), no ano de 1478, quando o expurgo foi iniciado e a Inquisição Espanhola, instaurada. Está sendo um livro mais complexo de ser escrito porque não quero colocar nele somente a estória, o romance, os conflitos da personagem principal (embora, assim como em Anastácia, hajam vários protagonistas), o próprio conflito principal do livro, não quero colocar somente essas coisas. Quero colocar conteúdo, informações verídicas e com fundamento. Por exemplo, o ano no qual se passa a história e o rei declara o expurgo e instaura a Inquisição é com base na ordem cronológica da própria História. Antigamente, quando havia o Reino de Aragão e de Castela, por iniciativa do rei Fernando e da rainha Isabel, eles instauraram a Inquisição, visando purificar seus reinos. A ideia principal nem sequer era a caçada às bruxas, era apenas livrar seus reinos de qualquer tipo de paganismo ou de algo que fosse considerado herege.

BOM, vocês me entenderam. Não será um livro histórico, tampouco. Até porque eu nem sequer tenho base ou conhecimento para escrever um livro desse nível. Vou ficar com meu romance/ficção por enquanto. Mas é fato que irei obedecer a ordem cronológica que as coisas aconteceram na realidade e colocar alguns elementos reais também. A Era Inquisitorial é deveras interessante e eu me perco lendo os textos da época, relatos, teses etc etc e etc. É uma curiosidade meio mórbida porque foi uma época muito sombria e cruel na história da humanidade, mas ainda assim é fascinante em termos de história em geral.

Como é um livro que se passa numa época muito antiga (lá no século XV, pf), não consigo me inspirar ouvindo músicas atuais. A solução foi partir para a clássica/erudita/instrumental que eu também sou apaixonada. Separando os atos do livro, terão o título de músicas que condizem com o enredo da história, e, claro, todas elas serão instrumentais, de modo que aconselho muito que as escutem porque são maravilhosas.

Dogs of War, Christopher Lennertz

Esta é a música que define a parte um. É linda e triste ao mesmo tempo. Essa música está no menu de Medal of Honor - European Assault, jogo que meu irmão é viciado e foi por isso que eu descobri a música (obrigada, maninho, bjsbjs).

Heart of Courage, Two Steps from Hell

Esta aqui define a parte dois. Ainda não a escrevi muito bem, mas é essa a essência da segunda parte do livro. 

Então, é isso aí. Logo posto mais alguma coisa sobre o livro, algum trecho, alguma imagem ou até mesmo alguma música. Beijos!