Posted on domingo, abril 08, 2012 · 6 Comments
Como
eu disse no post anterior (ou não), eu estou completamente submersa na escrita
de Anastácia e não tenho tido muito tempo pra vir aqui e dar sinais de vida por
enquanto. Mas vejam só, é por uma boa causa. O livro está saindo (finalmente) e
do jeito que está, já me acostumei a chamar de Anastácia e, pelo visto, esse
vai ser o nome mesmo. Mas tudo é possível, então pode ser que mude. Ou não. Eu
sou uma pessoa confusa, portanto você não devem prestar muita atenção quando eu
falo sobre a decisão do nome de um livro. Porque isso pode levar muito tempo
mesmo. De qualquer modo, Kiran vai continuar Kiran. O nome do outro personagem
era Karan e tudo bem que é parecido, mas um é humano, um soldado aspirante à
bárbaro e o outro é um centauro.
Peguem
só a diferença de criaturas. Pois é.
Eu
estou lendo Julieta Imortal (comprei, amém, cantemos músicas alegres), e lá
pela quase metade do livro tem um capítulo que não é tão cumprido a ponto de
ser considerado capítulo onde o Romeu narra e o nome é Intermezzo. Eu já tinha
visto esse método em Strange Angels, mas nunca tinha me ligado no quão
importante e legal ele é. Talvez porque em Julieta Imortal o intermezzo é
realmente importante, ao contrário de Strange Angels que é só um sonho e embora
ele seja revelador, não é exatamente emocionante. De qualquer modo, eu gostei
disso e tive tipo um insight. A Kamila odeia insights quando está estudando, eu
abomino insights quando estou lendo livros de outras pessoas. Fica parecendo
plágio, embora muitas vezes (na grande maioria delas) o insight não tenha
absolutamente nada a ver com o livro em questão. Mas dessa vez o insight tem
relação com Julieta Imortal. Mais precisamente com o Intermezzo.
Como
Intermezzo é Interlúdio em italiano, eu pensei que, talvez, para ficar mais
legal e mais no clima, meu livro tivesse de ter elementos da Itália para poder
usar o Intermezzo de verdade. Mas então eu lembrei de Strange Angels e do modo
como ele não tem definitivamente nada em relação à Itália.
Então
decidi. Anastácia vai ter Intermezzos.
É
claro que isso não foi uma ideia do tipo: “Ah, achei maneiro e agora vou usar”.
Não, porque isso é meio bobo, embora aconteça. Tudo veio da escrita do livro,
do meu incômodo em escrever capítulos curtos demais e usar a numeração. Isso
sim é bobo, mas eu sou muito perfeccionista. Por exemplo, a primeira parte do
livro tem sete capítulos compridos e o oitavo tinha menos de uma página. É.
Então lá no meio da segunda parte, após capítulos longos também, tem um
pequeno, perdido, que não ocupa nem metade da página. Isso porque não são
capítulos relacionados à história em si, mas são elementos que contam a
história antes da história, se é que alguém aqui consegue me entender.
Pois
então, decidi que esses minúsculos capítulos (poucos, porém de suma importância
para o desenrolar da trama, tipo o personagem Loren, seu lindo) serão os meus
Intermezzos. E isso não é plágio – é apenas a utilização de uma forma
organizada e padronizada de montar a história e o livro em si.
Para
vocês terem uma ideia (e também para a Julis surtar e me espancar, mas isso
porque ela ainda não respondeu o meu tweet e não deu sinal de vida na internet
porque eu NECESSITO falar com ela sobre a Anastácia e seu destino e ela iria amar
o que eu tenho pra dizer, mas isso somente se ela der as caras por aqui, é),
segue o Intermezzo II, com um argumento da história de Esca, o menor reino da
Província de Órion, de onde vem a minha Anastácia.
INTERMEZZO II
PROVÍNCIA DE ÓRION
De toda a Província de Órion, Esca é o menor
de todos os reinos, sendo o Grande Imperador muito generoso em dar a este
pequeno pedaço de terra o título de reino tantos anos atrás. Um dos motivos
para Esca ter tido o privilégio de ser chamada de reino e de ter um governante
com o título de rei soberano, foi a pessoa que, para começo de conversa e ponto
de partida da história, reivindicou tal coisa.
Isso
foi há muito tempo – muito antes de Rores Atirena se consagrar como bárbaro e
usar a coroa por direito hereditário. Isso aconteceu muito antes do seu
nascimento, antes mesmo do Grande Imperador cogitar a existência de Esca e se
preocupar minimamente com aquele lugar repleto de árvores e isolado tão
selvagemente por montanhas. Esca não era nada a não ser uma pequena aldeia no
meio de uma floresta.
Era
essa a descrição de Esca no princípio, no começo dos tempos, durante a Era
Sombria.
Dando
início a uma sucessão de líderes autoritários e tiranos, o primeiro bárbaro da
família Atirena – pois esta, dentre todas as outras, era a única que realmente
possuía sangue da plebe –, aquele que consagrou e honrou a herança da família,
era um homem comum, um soldado que lutava com uma espada de ferro que quebrava
cada vez que brandia uma de prata.
Miguel
Atirena – aquele que era amado pelos bárbaros e odiado pelo povo. Sim, ele era
um deles, um daqueles que nascera num celeiro em volta de animais, um daqueles
que perdera a mãe por falta de assistência médica. Sim, ele era um aldeão, um
filho de ferreiro, um delinquente em quem ninguém confiava. Ninguém, exceto os
bárbaros. E uma mulher.
Mas
esta mulher merece ser lembrada através dos tempos, através dos anos que Órion
sofreu com seus reis e imperadores, através dos dias em que os bárbaros
pareciam sumir.
Uma
mulher chamada Haneli.
“Como
um anjo caído, fiz questão de esquecer.”
LEGIÃO URBANA
∞
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Olá Amanda,
Boa sorte (não que você precise) com o novo livro. Sei que vai ser outro sucesso.
Abraço.
Olá, Max! Muito obrigada, te desejo tudo em dobro *-*
Beijo!
Amandis... EU TÔ AQUI! [A]
MANDA E-MAIL, DM, MENSAGEM PELO FACE, QUALQUER COISA! [A]
Aliás... VOCÊ QUER QUE EU TE ESGANE!? EU ADOREI A IDEIA, CARAS! FICOU DIWO! *U*
não tinha lido isso.
Bem, insights no meio dos estudos são horríveis.
Porque a concentração vai pro saco.
¬¬
e escreva sim, quero ler tudinho. :)
Aaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhh que perfeito! Nossa, se você conseguir ´publicar esse livro eu vou ser uma das primeiras (senão A primeira) a comprar! Enquanto eu lia o que você andava escrevendo sobre a história ia me encantando cada vez mais! Que perfeito!
Parabéns, Amanda!
Muito obrigado, Samyle *-* Nem terminei de escrevê-lo ainda, mas é um dos livros que eu mais gostei de escrever *-* Obrigada!