Resenha: Elixir, por Hilary Duff

Elixir é o tipo de livro que te encanta pela capa. Não é uma capa extravagante ou que você bate o olho e pensa: "OMG, OMG, OMG, preciso, necessito, simplesmente tenho toda a necessidade de possuir esse livro em mãos!". Não. Nada disso. A capa é bonita, elegante, intriga. Não tanto, mas ainda assim faz você olhar mais uma vez para a prateleira. E isso, para um livro, é ótimo.
Lembro do que eu disse a princípio. Lembro perfeitamente de dizer que o livro estava me surpreendendo. De fato, ele surpreendeu. Hilary Duff sabe usar as palavras. Elixir não é um livro ruim. Eu diria que, numa escala de 0 à 10, ele é nota 6. O ponto forte do livro é o romance, o que mais me deixou fascinada foi a questão de vidas passadas porque esse assunto é algo que realmente me deixa intrigada. E estava indo muito bem até certo ponto do livro. Mas quando as coisas começaram a se desenrolar, bem, não era nada do que eu esperava - e não estou falando de um jeito bom. Achei que as coisas seriam muito mais sérias e muito mais profundas do que são. Não sei vocês, mas na minha concepção de histórias, um amor que vem de vidas e gerações passadas precisa ser muito intenso, muito forte, precisa ter uma ligação, um motivo muito grande para resistir às barreiras do tempo. E, bem, em Elixir esse motivo não é tão grande assim. É algo do tipo garoto conhece garota, se apaixona, quer casar, mas então garota morre, ele vira imortal e blábláblá. Tudo bem. Certo. É um motivo, mas não é OOOO motivo que faria um cara zanzar pela Terra durante séculos para achar a garota dos seus sonhos que ele nunca pôde ter. Veja por exemplo, Ever e Damen. Alyson Noël ferrou com a saga, mas o motivo dele sempre procurá-la, sempre querer Ever por perto é o jeito como ela o mudou, o jeito como ela o transformou, como ela o fez sentir vivo pela primeira vez em duzentos anos. Isso é um motivo bom. Isso é um motivo decente para um cara caçar uma garota durante seiscentos anos. Isso é um motivo que cativa  leitor e faz nós, pobres garotas traças de livros, agarrarmos o livro com mais força e suspirarmos a cada página.
Bem, Sage não é exatamente um príncipe encantado. Em algumas partes, a vontade que eu tive foi de socá-lo. A autora tinha bons personagens e uma boa história nas mãos, mas não soube trabalhar sobre eles muito bem. Eu não sei se Hilary Duff já escrevia antes ou se esse foi o primeiro trabalho dela, mas ela tem potencial e acho que os próximos livros (se houver próximos) poderão ser melhores com a evolução de sua escrita. Eu nunca tinha lido um livro onde a paixão da protagonista era a fotografia. Gostei desse detalhe porque eu gosto de fotografia também, mas Clea começou o livro sem conseguir desgrudar de sua camera e terminou sem ela nas mãos. Foi algo do tipo, certo, beleza, dane-se minha paixão, minha razão de viver se eu não tiver o cara do meu lado.

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É. Pois é. Eu não suporto mocinhas que não conseguem viver sem o cara ao lado delas. E o romance deles foi algo muito... estranho. Eles se conheceram (quer dizer, mais ou menos, porque a Clea via ele nas fotos e já se apaixonou loucamente por ele, garota mais doida) e ela saiu correndo atrás dele. Quer dizer, a coisa já começou mal. Aí depois, os dois saem, ele diz que ama ela e assim, do nada, ela acredita! E ela nem conhecia ele! E também, do nada, ela simplesmente se entrega pra ele. No carro! Onde foi parar o romance? Onde foi parar o amor? Me desculpe, mas para mim isso não é normal. Podem me chamar de antiquada, eu não me importo. Pra mim a coisa tem que ser toda nos conformes u.u
Mas, em suma, o livro tem vários elementos interessantes, mas que infelizmente não são muito bem aproveitados. Eu gostaria de ler os próximos livros para ver a evolução da escrita e o decorrer da história, porque nunca se sabe, as coisas podem melhorar. Eu gostaria que uma dessas coisas fosse a personalidade da Clea. Menininha irritante. Pega e fica com o Ben de uma vez ao invés de brincar com os sentimentos dele. Rum.


PS: A Hilary Duff ainda é uma fofa, apesar da Clea ser uma chata .-.

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