Fatal Frame III - The Atormented

Fatal Frame III: The Tormented
(2005)


Rei Kurosawa perdeu seu noivo num acidente de carro. Aquele fatídico dia do acidente. Que ela provocou, já que estava dirigindo.
Rei é uma fotógrafa independente (Freelance), e um dia, recebeu um trabalho no qual deveria fotografar uma antiga mansão japonesa. Existe um boato o qual diz que essa mansão, situada nas montanhas e a milhas de qualquer civilização, é assombrada.
Um dia, enquanto trabalha, Rei vê algo inexplicável: seu noivo, Yuu Asou. E pelo o que ela sabe, ele está morto.
Seguindo seu amor falecido, Rei percebe que ela vagueou e penetrou cada vez mais nas ruínas da mansão abandonada. No final de um corredor, ela vira e de repente a visão dela muda. A neve está caindo fortemente, e na frente dela, estão muitas e muitas lápides.
O lugar não se parece nem um pouco com a mansão de onde ela tirava fotos até agora.
Então, Rei começa sua busca por Yuu.


Sou muito viciada em Playstation. A maioria das pessoas me encara bem surpresa quando começo a falar sobre jogos porque, dizem, não tenho cara de quem joga vídeo-game e porque, oras, sou uma menina. Mas, para informação dos desavisados, meninas também jogam vídeo-game, mesmo que nenhuma amiga minha seja tão fissurada quanto eu. Na verdade, nenhuma delas sequer tem um Playstation. Mas, de qualquer modo, eu não me importo se sou uma menina que adora jogar jogos de terror, ação, aventura e que envolvem tiros e zumbis ou alienígenas tipo Area 51.
Foi graças ao Bruno aquele idiota, tapado, bobo que eu adoro de paixão <3 que eu conheci Fatal Frame III. Até então eu nunca tinha ouvido falar no jogo. Mas numa bela tarde mentira porque estava chovendo, o Bruno me deu seu porta-cds para eu verificar se meu filme, Piratas do Caribe, estava lá, já que ele não tinha me devolvido ainda e, a propósito, isso me lembra que ele ainda está com o filme. Quer dizer, ele está há quase um ano com o meu filme. Com licença, eu posso dar um piti. Enfim, lá estava Fatal Frame e, como nunca ouvi falar no jogo e fiquei curiosa, o Bruno me disse que o jogo era "altos massa" pode surtar Rafinha, eu deixo porque era no estilo thriller de Resident só que é claro que ele não usou a palavra thriller porque se você conhecesse o Bruno entenderia o motivo e você levava tanto susto que era muito legal. Eu basicamente fiquei encarando ele muito ceticamente porque o gosto para jogos do meu melhor amigo é muito, mas muito duvidoso e eu duvido que ele tenha chegado a zerar Fatal Frame III. Ele é do tipo que joga futebol e zera Resident Evil 4 quantas vezes o cd permitir antes de começar a travar. E eu não condeno isso porque meu cd do Resident já travou. Pois é, reflita. Mas voltando para Fatal Frame, peguei o jogo por pura curiosidade e insistência do meu irmão que dizia que um jogo de matar fantasmas era muito legal e blá.
Acontece que o jogo é ÓTIMO. Quer dizer, você leva sustos a cada cinco segundos, mas o jogo é Ó-T-I-M-O! No começo eu estranhei o comando, a falta de equipamentos e fiquei pensando em como diabos alguém se mete numa mansão abandonada e repleta de fantasmas sem sequer uma faquinha e com um decote desgraçado. Eu iria, no mínimo, cheia de roupas pra evitar os calafrios e munida de uma AK-47, mesmo que esta não aniquilace os espíritos. Afinal, a segurança que uma AK-47 lhe proporciona em situações desse tipo não tem preço.
Mas prometo me concentrar no jogo daqui para a frente.
Como eu disse, a jogabilidade no começo é irritante e meio travada, mas você se acostuma com isso e vai achar até mais prático o jeito que movemos os personagens. A falta de equipamentos se mostra explicada, uma vez que e impossível matar fantasmas porque, veja bem, eles já estão mortos. Você os exorciza com a câmera obscura, o principal equipamento do jogo. Se você não tiver filmes suficientes para a câmera obscura, você está basicamente ferrado. Achei que o propósito do jogo era exorcizar fantasmas e pronto. Não que não seja, é, mas o jogo tem uma história bem mais complexa do que eu imaginava que teria. Deveria esperar isso, já que é um jogo japonês. De qualquer modo, o jogo é muito extenso e inteligente, cheio de surpresas mesmo com o cenário repetitivo (e gigantesco) da Manor of Sleep e da casa da Rei e da Miku.
Nós jogamos com três personagens: a principal, Rei, a irmã do seu falecido noivo, Miku, e o amigo do mesmo, Kei. O que me surpreendeu foi ambos os personagens começando seu jogo em diferentes pontos da Manor of Sleep e, no decorrer do jogo, um abrir caminho para o outro, um entrelaçando-se ao que deveria ser a parte de jogo do outro. Simplifiquemos assim: o Kei é o personagem mais foda que tem e as partes jogadas com ele são as mais difíceis porque o especial dele não é um poder cool como é com a Miku e com a Rei, mas sim apenas se abaixar. Foi quando descobri isso que engoli em seco e pensei: "Bosta. Isso não vai ser bom". É, Fatal Frame faz isso com as pessoas. Tem alguns fantasmas que o Kei não consegue exorcizar e então ou ele foge adoidado (que é o que eu faço na maioria das vezes) ou se abaixa e espera a coisa passar. Enfim, Kei pega itens, chaves, desvenda quebra-cabeças para abrir portas para a Miku e para a Rei e vice-e-versa. É tudo uma questão de retorno, como diria meu pai. Muitas vezes vocês está no último andar da Manor of Sleep ou está na parte fodid* que não tem a luz (quem joga Fatal Frame sabe do que estou falando) na qual você acha (e quer) estar jogando, mas na verdade tem que retornar lá pro início do jogo, matar uma porcaria de fantasma idiota lá e então retornar tudo de novo pra poder abrir uma porta ou pegar um item importante na parte que você acha que tem que ir de qualquer jeito.
Além do mais, Rei coleta informações, recebe cartas, revela fotos e se você quer jogar o jogo e entender a história mais a fundo pra não ficar só matando fantasmas, você lê as legendas das introduções, lê os arquivos coletados (o que é muuuito mesmo) e dá uma embromada no inglês. Tipo, eu jogo Fatal Frame com cinco dicionários do lado, sério. Adoro quando um jogo é bom e tem uma história melhor ainda envolvendo-o.
No começo do jogo, desconfiei da Miku. Agora, lendo os artigos na internet, eu sei que isso foi idiota porque a Miku também protagoniza o primeiro Fatal Frame com o irmão Mafuyu. Achava ela fofinha demais, suspeita demais. Achei ela muito idiotinha até ela começar a demonstrar sinais de que estava sonhando também, daí eu fiquei toda: "Caramba, como a Miku é fodona!". É, daí adorei.
Ainda não zerei o jogo porque ele resolveu dar um tilte, mas já dou um jeito nisso. E, sei lá, é só eu que acho que o Kei e a Rei deveriam esquecer os falecidos namorados e perceberem que foram feitos um para o outro? Eu disse isso pra minha mãe e ela só ficou me encarando, dizendo que aquilo era um JOGO e não um filme ou livro e que provavelmente não teria romance. Mas, bem. Eu ainda acho que eles deveriam ficar juntos. Vamos ver quem está certa, mãe! -qw

Curiosidade: A série Fatal Frame é baseada em fatos reais, na Mansão Himuro, no Japão.




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