Resenha: Beijada por um Anjo, por Elizabeth Chandler


#podeconterspoiler!

Li tantas críticas sobre o livro e todas elas diziam maravilhas sobre ele. Bem, eu só posso dizer que discordo totalmente. Li em algum lugar que dizia que a história era muito original e tudo o mais, mas eu não vi muita coisa original. Na verdade, tudo pareceu muito clichê, se você quer saber a minha opinião. Não que eu não tenha gostado do livro, eu gostei um pouquinho, mas achei que poderia ser muito mais legal tanto pelo assunto quanto pelos sentimentos profundos dos quais o livro trata.
E outra coisa me decepcionou também: a falta de aprofundamento quando a questão eram os sentimentos dos personagens. Os diálogos são rápidos demais e na maioria das vezes eu ficava assim: "Tipo, tá, e agora, a Ivy está falando com quem? Ou é o Tristan que está falando?"
Muita gente diz que não gostou do tipo de narração que a Lisa McMann usou para escrever Fade. Fica um pouco confuso, sim, mas eu não tive nenhum problema em compreender a história por causa disso. Mas Beijada por um Anjo, com a narração simples, escrevendo por capítulos e tudo o mais, eu me confundi mais do que com Fade. Sério mesmo. E eu realmente gostei do personagem principal masculino - o Tristan - embora ele pudesse ter sido melhor trabalhado. A Ivy ficou uma espécie de incógnita, não sei se ela é uma mocinha chata ou só sem personalidade mesmo. Não consegui definir isso. E quando o Tristan morre, aí, de fato, eu vi algo original na história. Porque não é toda vez que você a autora matando o mocinho do livro. Tudo bem, eu esperei uma grande reviravolta onde havia sim a possibilidade dos dois - Ivy e Tristan - ficarem juntos apesar de tudo. Você sabe, o amor supera tudo e blábláblá (não estou menosprezando!!). Mas não foi isso que aconteceu. A parte da Ivy ficou, se possível, ainda mais chata e a do Tristan, mais interessante. Porque ele morreu, virou um anjinho brilhante que eu queria lá no meu céu, lelê e estava descobrindo toda as suas habilidades de assombração (não entra na minha cabeça que aquilo é cosia de anjo, desculps). E a coisa de viajar no tempo é beeeem legal (e eu tenho até uma teoria sobre isso, mas vou esperar ler o segundo livro e ver se ela realmente faz sentido, daí sim eu conto pra vocês). Mas quando finalmente o livro começa a me agradar e a dar aquela reviravolta que estava precisando, ele acaba. É isso aí. O livro acaba na parte em que começa a ficar bom. E eu sei que é bom acabar um livro assim porque dá mais curiosidade e tal, mas pra isso acontecer, o livro todo tem que ter sido tenso pra caramba e não um poço de monotonia que só acabou nos últimos dois capítulos. Qual é, o livro deveria ter começado onde terminou, se você me entende. Porque não é legal ver uma história que pode ser boa ser transformada em algo chato do jeito que Beijada por um Anjo se tornou. Os sentimentos - todo o amor que resiste às barreiras da morte - deveriam ser mais intensos do que qualquer outra passagem do livro. Como os sentimentos são tão intensamente trabalhados em Blind, mas estou só falando e não comparando.
Eu realmente espero que o segundo livro, A Força do Amor, seja melhor que o primeiro e não termine numa parte tão aleatória. Porque até onde eu percebi, aquilo deveria ter sido a metade do livro. Vocês, críticos, me iludiram, mimimi. Me fizeram acreditar que as horas que perdi lendo o livro seriam compensadas. Se for contar com o Tristan, aí sim valeu a pena, mas eu preferia ter lido algo mais como o Lucius. Ou o Haniel. Sabe como é. Nada contra. Mas intensidade e mistério também é bom de vez em quando. E eu não gosto de caras usando sunga. É muito esquisito, na minha opinião. Mas ombros largos são beeem legais.
#taparei.

Leave A Comment