Doce mentira

O tempo me faz pensar no quanto seria bom poder reviver cada segundo que perdi, ver cada cena como espectador, perceber os erros, arrumá-los e então gritar "ação". Me faz querer viver cada vez mais intensamente, porque não quero sofrer com a dúvida, com o arrependimento, com as perguntas "e se" que consomem a alma e degradam o espírito. O tempo me faz perguntas que anseio poder responder, mas nunca sei quais são as respostas. Eu me arrependo? É bonito dizer que não. É maravilhoso poder dizer isso verdadeiramente. Mas, no fim, é uma mentira. Uma doce mentira. Uma ilusão de uma vida inteira. Sempre há do que se arrepender, não importa a magnitude. O tempo deixa claro isso, me faz refletir, analisar, até eu chegar à conclusão de que, de fato, podia ter feito melhor. Eu podia ter amado, me apaixonado, sentido e rido mais vezes do que fiz. Podia até mesmo ter chorado quando senti que precisava, mas não o fiz porque queria ser forte. Mas onde está a verdadeira força? Eu não sei, mas acho que está em cada gesto, em cada movimento, em cada mísero pensamento. Acho que a força está no não se deixar abater pelas críticas ou obstáculos, levantar a cada vez que cair, sem pausa para descanso. A força está na vivência, ao lado do tempo, junto com a experiência. Cada vez que olho para trás, penso que, talvez, apenas talvez, podia ter sido diferente. E então eu olho para frente, vejo as coisas que estou vivendo e penso em tudo que aprendi. É aí que decido que, se tivesse sido diferente, eu provavelmente não seria tão feliz.

Comments
6 Responses to “Doce mentira”
  1. Dαyαnє says:

    Oi, o/

    Sabe, acho que todo mundo uma hora ou outra tem esse momento: de parar e meio que ver, como você disse, como um telespectador e fazer uma espécie de revisão de tudo o que já fez ou do que, pior ainda, deixou de fazer.

    E acho que o arrependimento é inevitável.

    Mas, temos que aprender como você mesma escreveu que são esse pequenos erros quase "defeitos" que nos trouxeram onde estamos agora. Que são eles que nos ensinaram tantas coisa e até talvez tenham nos impedido de cometer erros ainda maiores.

    São eles que nos fazem crescer e poder dizer com toda a certeza que caimos, mas chegamos de pé até aqui.
    E eu concordo: é nisso que está a verdadeira força. (:
    Lindo texto. ^^

    Ps: Hey Amanda, sobre o seu comentario sobre Instrumentos Mortais, sabia que tem um quarto livro? Parece que vai se chamar "Cidade dos Anjos Caídos". A Cassandra disse que resolveu escrever mais um pra acertar algumas "pontas soltas" ou algo do tipo. Ah, e eu com certeza não vou abandonar a série. Tenho a péssima mania de criar meio que "amores platonicos" com relação a personagens e eu meio que tenho isso com Jace *.* (Sei que sou estranha X|) rsrs

    Ps²: Nossa, o comentário ficou gigante O.o

    ~> Beijusss...;*³

  2. Anônimo says:

    Ah sue Blog é super fofo Flor


    http://verdorinvisivel.blogspot.com/

  3. Unknown says:

    Gêmea, eu simplesmente amo esses seus momentos de inspiração, eles são tão perfeito... Amo quando lei algo que você escreve assim...

    Eu fiz um novo blog, e vou postar esse texto lá. hehe

    http://poostiit.blogspot.com/
    Dá uma olhada no novo blog e me diz o que você achou!

    :**

    Jenny'

  4. Unknown says:

    Seu texto foi pro meu novo blog

    http://poostiit.blogspot.com

    :**
    Jenny'

  5. Muito bom amanda *----* surpreendente.

    http://sagaluanegra.blogspot.com

  6. Unknown says:

    Gente, obrigada *-*

    Day, eu sei sim *-* Na verdade, eu to meio que esperando uma tradução na web logo. Fiquei super curiosa depois de ler City of Glass *-* E ainda vai ter mais um outro livro e tem um spin-off, contando a vida dos antepassados dos personagens, tipo explicando alguns artefatos, como o colar da Isabela :)

    PS: Eu também tenho uma total paixão platônica desenvolvida pelo Jace x) somos duas estranhas, então.

    Beeeijos,
    Amanda.

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